sexta-feira, 27 de maio de 2011

Expansão Bárbara e a Formação do Latim

Povos Bárbaros

Os bárbaros eram de origem germânica e habitavam as regiões norte e o nordeste da Europa e o noroeste da Ásia, na época do Império Romano. 
Os romanos usavam a palavra “bárbaros” para todos aqueles que habitavam fora das fronteiras do Império e que não falavam a língua oficial dos romanos: o latim.
Os germânicos entraram no território por duas formas:

» migrações: eram incentivados pelos romanos que visavam os jovens germânicos para reforço no exército no controle das fronteiras.
» Invasões: feitas de maneira violenta, com intenção de expulsar os romanos e tomar suas terras.

As migrações foram durante os séculos III – IV. As invasões já foram mais adiante, a partir do século V.
Um dos fatores que impulsionaram as invasões germânicas foi  a chegada dos hunos (mongóis) à Europa. Estes, vindo da Ásia, começaram a invadir vários territórios germânicos, obrigando-os a entrar no domínio Romano.
Os hunos aniquilaram os Ostrogodos em 375, e logo em seguida os Visigodos. Para fugir deles o chefe dos visigodos pediu permissão ao imperador romano para entrar no seu território. Esta permissão foi concedida e para arrependimento do imperador romano, os germânicos entraram e saquearam e destruíram muitas das cidades e aldeias romanas.
A maioria dos reinos bárbaros teve vida curta. Somente os Francos conseguiram se organizar, estruturar e expandir seus domínios.
Os povos germânicos contribuíram muito para o fim do império Romano do Ocidente. Entre estes estavam os povos bárbaros:


Francos: estabeleceram - se na região da atual França e
fundaram o reino Franco.
Lombardos: eram um povo germânico escandinavo com
grande capacidade militar. No ano de 568, os lombardos
penetraram e conquistaram uma região norte da Península
Itálica, liderados pelo rei Alboíno.
Anglo-Saxões: penetraram e instalaram-se no território da
atual Inglaterra. Eles eram oportunistas, pois se tornaram
invasores, destruindo vilas e massacrando a população local.
Burgúndios: são um antigo povo de origem escandinava. No
baixo Império Romano instalaram-se na Gália e na Germânia.
Visigodos: instalaram-se na região da Gália, Itália e Península Ibérica.
Vândalos: estabeleceram-se no norte da África e na Península Ibérica.
Ostrogodos: invadiram a região da atual Itália.
Vikings: foram membros marítimos da Escandinávia, que também eram comerciantes, guerreiros e piratas.
Suevos: invadiram e habitaram a Península Ibérica. Acredita-se, em particular, que sejam responsáveis pela diferenciação linguística dos portugueses e galegos quando comparados aos castelhanos. As línguas germânicas influenciaram particularmente o português em palavras ligadas à vida militar.
Celtas: é a designação dada a um conjunto de povos, organizados em múltiplas tribos, pertencentes à família linguística indo-européia que se espalhou pela maior parte do noroeste da Europa a partir do segundo milênio a. C.
Hunos: dentre os povos bárbaros, os hunos foram os mais violentos e ávidos por guerras e pilhagens, eram extremamente violentos e cruéis com os inimigos. O principal líder desse povo foi Átila.

A formação do Latim

A origem do idioma latino nos remete aos tempos pré-históricos. Mas apenas no século III a.C adquiriu formas literárias e estrutura gramatical reconhecida. Assim, sua consolidação deu-se no século I a.C..
O latim era o idioma falado pelos latinos, etruscos e sabinos; povos que habitavam a região central da Itália chamada de Lacio (Latium), onde atualmente encontra-se a cidade de Roma. Da união destes três povos surgiu a civilização romana.
Até o século V da era cristã, os romanos estenderam seu domínio sobre os outros povos através da superioridade bélica. A cultura romana também foi imposta e difundida pelo mundo. Assim, o idioma latino enraizou-se em várias civilizações e originou as línguas neolatinas faladas atualmente, como o português, espanhol, francês, romeno, italiano, etc.
O latim possui duas formas básicas: clássico (ou erudito) e eclesiástico. O clássico é considerado a forma culta, e está vinculado aos filósofos como Sêneca, Cícero e César. O latim eclesiástico surgiu a partir da era cristã do império romano, e foi difundido por Santo Agostinho, São Ambrósio, São Jerônimo entre outros.
Historicamente seus períodos podem ser divididos, com maior exatidão, desse modo:

     Pré-clássico, do século VII a.C. ao século II a.C.. Nesse período a literatura faz sua aparição, sob influência grega.
     Clássico, do século II a.C. ao século II d.C. A idade dourada da literatura latina.
     Latim Vulgar, do século II ao V d.C. Esse Latim Vulgar é a essência do que é o italiano atual.
     Período Medieval, do século VI ao século XIV. A literatura latina continua, mas surgem as línguas românicas.
     Do século XV até os dias atuais. Redescoberta do latim da idade dourada no Renascimento.

Após a sua transformação em línguas românicas, o latim continuou fornecendo um repertório de raízes para muitos campos semânticos, especialmente culturais e técnicos, para uma ampla variedade de línguas. No Brasil, o ensino do latim foi orientado pela sua forma eclesiástica e seu matiz de pronúncia italiana. Algumas bandas, como o Tristania (na música Preludium, por exemplo) e After Forever (em músicas como Leaden Legacy e Ex Cathedra), incluem em suas letras citações em latim. Na literatura, alguns autores intitulam suas obras com expressões latinas. Por exemplo, o mineiro Alphonsus de Guimaraens, autor de Pulchra Et Luna e Ossa Mea.






Acadêmicos:  Ingrid, Kelly, Leticia e Pedro Vinicius ! 



Nenhum comentário:

Postar um comentário