Cada vez mais presentes no dia-a-dia das pessoas como meios de entretenimento, diversão e também de interação e até de informação, as redes sociais vem ocupando um espaço cada vez maior na vida dos usuários e despertando interesse não somente por parte dos adolescentes, como também de pessoas de outras faixas etárias, de empresas de pequeno, médio, grande porte, incluindo até multinacionais que vêem nas redes sociais um espaço tanto para conhecer o perfil de clientes e empregados, quanto para divulgar produtos, atingindo assim uma parcela maior de consumidores.
As áreas onde as redes sociais estão presentes são as mais diversas, mas dentre essas diversas áreas, uma que suscita grande debate e discussão sobre a utilização ou não em seu ambiente é a educação. O fato de serem o meio de comunicação e até de escrita, preferidas pelos jovens, faz com que se cogite a incorporação e utilização delas no ambiente escolar como forma de motivar alunos a se interessar por assuntos ensinados e abordados na sala de aula, promovendo dessa forma, maior interatividade entre professores e alunos.
Mas, tal incorporação e utilização dessas redes ainda não é vista com bons olhos por muitos educadores que questionam os possíveis benefícios que essas poderiam trazer a educação. Para muitos educadores, as redes sociais mais deseducam do que educam os jovens, pois nelas, os estudantes praticando o internetês se esquecem do cuidado que se deve ter na hora de escrever, abreviando e escrevendo palavras de qualquer jeito, além de acessarem conteúdos nada educativos.
Porém, se há os que discordam sobre incluí-las como ferramentas pedagógicas, há também pesquisadores e educadores que defendem, incentivam, usam e garantem que elas proporcionam um ensino inovador e contribuem para um melhor processo educacional interativo e dinâmico.
Segundo esses defensores, uma das maiores constatações a favor das redes sociais, é que, nunca antes em toda a História, os estudantes e as pessoas de um modo geral escreveram tanto. Quanto ao argumento de que nessas redes a escrita praticada é oposta a ensinada em sala de aula, muitos pesquisadores e educadores embora reconheçam que é um fato, afirmam que tal argumento não justifica a rejeição, pois tal escrita é relativa a determinado meio e os estudantes sabem diferenciar situações em que podem ou não empregar o tão polêmico internetês. Em relação a acesso a conteúdos inadequados, um educador bem preparado saberá lidar com a situação, orientando e direcionando os alunos ao foco desejado, afirmam.
Tentando medir em números o alcance e poder das redes sociais, pesquisadores que analisam o fenômeno das redes afirmam que elas já são mais populares que os e-mails. Mesmo sem ter o conceito formulado, a maior parte da população participa de alguma rede. Seja ela profissional, de relacionamento ou educacional. E a tendência é aumentar. O estudo divulgado pela Nielsen, em março de 2009, afirma que o tempo de navegação em redes sociais e blogs cresceu a uma taxa três vezes maior que a média geral da internet. Enquanto o tempo na web em geral aumentou 18%, entre 2007 e 2008, o tempo dedicado aos sites sociais cresceu 63%, chegando a 45 bilhões de minutos.
A IBM já está de olho nesse seguimento, tentando antecipar futuras demandas encomendou uma pesquisa pelo seu Institute for Business Value (IBV). E o resultado foi: dentro de quatro anos, 90% do consumo de banda larga do tráfego da internet serão direcionados para as redes sociais. As aplicações que deverão crescer na carona desse novo mercado são a TV pela internet, com aumento de 104%, seguida pelas comunicações por vídeo (44%), games (30%) e a telefonia via internet banda larga, ou o VoIP, com 24%.
Em janeiro de 2011, o Orkut fez sete anos. E se consolida como o site mais acessado do Brasil e a rede social preferida pelos brasileiros, fato que não acontece em outros países. De acordo com uma pesquisa da Nielsen, 80% dos internautas brasileiros navegam por esse tipo de site, média superior à de países como Estados Unidos (67%) e Suíça (51%). Sem falar no tempo. Passamos um quarto do tempo online em sites de relacionamento das redes sociais - três vezes mais que os britânicos.
Segundo um estudo da empresa e.Life que atua no mercado de monitoramento de Redes Sociais há tempos, baseado no fato do Facebook ter ganho a liderança na Índia, até então do Orkut, estima que no Brasil em 2011 isso também aconteça. Mas muita calma nessa hora. Vamos por partes.
Em 2010 o Brasil ganhou oito milhões de novos internautas. Em uma hipótese, se 100% dessa nova base se cadastrasse no Facebook e não no Orkut, ainda sim, o Orkut ganharia de lavada do Facebook no Brasil. No mundo, o Facebook passou os 500 milhões de usuários; o Orkut chega a 90 milhões. No Brasil, o Orkut está com cerca de 30 milhões de usuários e o Facebook em torno de 10 milhões, ou seja, o Facebook tem 33% dos usuários do Orkut, O MSN continua firma na lideranças dos mensageiros instantâneo no Brasil e no mundo, a rede social em formato de micro blog Twitter também se mantém líder entre os micro blogs com um crescimento constante aqui e no restante do mundo.
Ignorar essas estatísticas sobre as redes sociais e suas possíveis contribuições benéficas para a educador é no mínimo questionador, mas para quem ainda não se dá por convencido, achando que associar uma coisa a outra é ideia de brasileiro que não entende nada de educação é bom rever seus conceitos e tomar nota que não é apenas no Brasil que a incorporação das redes sociais na educada é defendida. Segundo uma notícia, publicada pouco tempo atrás pelo jornal britânico "The Guardian", mostra-se como as redes sociais estão cada vez mais se aproximando da Educação. Nela, Jim Rose, ex-chefe de Ofsted (órgão criado em 1992 para inspecionar o padrão das escolas e professores na Inglaterra), que foi nomeado pelo governo britânico para revisar a grade curricular do ensino primário da Inglaterra, propõe Twitter e Wikipedia como disciplinas do currículo escolar.
O currículo proposto por Rose dá ênfase a disciplinas tradicionais como História, Matemática e Inglês, mas inclui o estudo dos meios de comunicação modernos como Twitter e Wikipedia, além da Educação Ambiental. Além disso, a mudança deve proporcionar aos professores maior liberdade para escolher que tipo de aula é a mais indicada para manter o interesse e a concentração dos alunos. Ainda segundo um documento ao qual o jornal "The Guardian" teve acesso, o objetivo é que os alunos deixem a escola primária familiarizados com o universo dos blogs, podcasts e redes sociais. Os pequenos deverão também aprender a utilizar, com desenvoltura, o teclado do computador e o corretor ortográfico. Se aprovadas, estas novidades serão a maior mudança no ensino primário inglês em uma década.
Voltando à questão ao âmbito brasileiro, o pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Unicamp, José Armando Valente, em entrevista recente a um grande portal de notícias online (Ultimo Segundo) e divulgada por outros web sites, afirma que As redes sociais, como o Twitter, o YouTube e o Flickr, podem e devem entrar nas salas de aulas como ferramentas de uso pedagógico. Segundo o pesquisador, a aplicação das redes sociais à educação é viável e proveitosa, bastando para tal, se ter a preocupação de que as ferramentas não sejam usadas apenas como um apêndice das aulas, mas que haja uma orientação sobre o conteúdo consumido e gerado para a rede dentro das escolas: “Se não tiver alguém orientando, não é pedagógico afirma o pesquisador. Analisando a afirmação, chega-se a conclusão que ao contrário do muitos pensam o uso das redes e outras aplicações tecnológicas não dispensa nem deixa o professor em segundo plano, pelo contrário, o torna ainda mais essencial como principal fonte de orientação tendo uma grande gama de recursos à disposição.
Voltando à questão ao âmbito brasileiro, o pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Unicamp, José Armando Valente, em entrevista recente a um grande portal de notícias online (Ultimo Segundo) e divulgada por outros web sites, afirma que As redes sociais, como o Twitter, o YouTube e o Flickr, podem e devem entrar nas salas de aulas como ferramentas de uso pedagógico. Segundo o pesquisador, a aplicação das redes sociais à educação é viável e proveitosa, bastando para tal, se ter a preocupação de que as ferramentas não sejam usadas apenas como um apêndice das aulas, mas que haja uma orientação sobre o conteúdo consumido e gerado para a rede dentro das escolas: “Se não tiver alguém orientando, não é pedagógico afirma o pesquisador. Analisando a afirmação, chega-se a conclusão que ao contrário do muitos pensam o uso das redes e outras aplicações tecnológicas não dispensa nem deixa o professor em segundo plano, pelo contrário, o torna ainda mais essencial como principal fonte de orientação tendo uma grande gama de recursos à disposição.
Sem dúvidas, utilizar as redes sociais com consciência e de forma educativa é uma maneira de aprofundar em assuntos diversos, formar opinião e interagir com pessoas, pois as mesmas além de ser uma ferramenta de informação, são um meio de expressão “sem censura como podemos constatar recentemente na grande mobilização da população do Egito, para derrubar o presidente que estava no poder há quase 30 anos, através das redes sociais – Twitter e Facebook e com um protesto feito através do Twitter na Jordânia, o qual mobilizou centenas de assinaturas virtuais em combate ao desmatamento. Fatos como esses mostram o poder que as redes sociais têm e se aliadas à educação poderão gerar uma verdadeira revolução em prol de um ensino mais dinâmico, interativo e de qualidade.
Gilvan Pereira da Silva Lima/07/05/2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário