sexta-feira, 3 de junho de 2011

DIMENSÕES DA ACESSIBILIDADE: A acessibilidade Atitudinal


Quando se fala em acessibilidade, costuma-se associá-la apenas a questões físicas e arquitetônicas como construção de rampas, piso nivelado, banheiros adaptados e outras adaptações físicas e arquitetônicas que possibilitem o livre acesso a cadeirantes e outras pessoas com deficiência e/ou de mobilidade reduzida a espaço e ambientes públicos e diversos. Tais adaptações são de fato de suma importância para que haja uma maior inclusão social, contudo, a acessibilidade é ainda mais abrangente.
Acessibilidade é um processo de transformação do ambiente, da organização físico-espacial, da administração, do atendimento, das atitudes, do comportamento e de mudança da organização das atividades humanas. Expressa um conjunto de dimensões diversas, complementares e indispensáveis para que haja uma efetiva inclusão de pessoas com deficiência e/ou de mobilidade reduzida.
Por  englobar tais dimensões, a acessibilidade atualmente é dividida e classificada em seis tipos que são:

ASSIBILIDADE ARQUITETÔNICA
É a forma de acessibilidade sem barreiras ambientais físicas, nas residências, nos edifícios, nos espaços urbanos, nos equipamentos urbanos, nos meios de transporte individual ou coletivo.
                         
                                 ACESSIBILIDADE ATITUDINAL
Refere-se à acessibilidade sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações, em relação às pessoas em geral.
                       
                                 ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL
É a acessibilidade que se dá sem barreiras na comunicação interpessoal (face a face, língua de sinais), escrita (jornal, revista, livro, carta, apostila etc., incluindo textos em braile, uso do computador portátil) e virtual (acessibilidade digital).

                                ACESSIBILIDADE INSTRUMENTAL
Sem barreiras nos instrumentos, utensílios e ferramentas de estudo (escolar), de trabalho (profissional), de lazer e recreação (comunitária, turística, esportiva etc.).

                                ACESSIBILIDADE METODOLÓGICA
Sem barreiras nos métodos e técnicas de estudo (escolar), de trabalho (profissional), de ação comunitária (social, cultural, artística etc.), de educação dos filhos (familiar).

                               ACESSIBILIDADE PROGRAMÁTICA
Sem barreiras – muitas vezes imperceptíveis – embutidas em políticas públicas (leis, decretos, portarias etc.), normas e regulamentos (institucionais empresariais etc.).

                                   ACESSIBILIDADE TECNOLÓGICA
Não é uma forma de acessibilidade específica. Deve permear as demais.

Conhecer melhor cada uma das dimensões da acessibilidade é fundamental para se compreende-la mais profundamente , o que por sua vez é indispensável á toda instituição e/ ou toda pessoa compromissada com a educação, com o social, com o respeito às diferenças e com a igualdade entre todas as pessoas. Ciente disso, inicio a abordagem sobre esse tema, de inicio não abordando a acessibilidade arquitetônica que é a mais conhecida (porém, lamentavelmente nem por isso, exercida e cumprida como deveria e deve ser), mas com a abordagem de uma das cinco dimensões da acessibilidade que muitos não conhecem, nem sequer tinham ouvido falar antes dessa leitura, a acessibilidade atitudinal.

E por que iniciar com essa e não com a acessibilidade arquitetônica que é a mais conhecida e aparentemente também é a que mais faz sentido em se tratando de acessibilidade? Pelo simples motivo que, embora, a terminologia acessibilidade atitudinal seja praticamente desconhecida, é a atitudinal que pode abrir as portas para todas as demais acessibilidades (inclusive e logicamente também para a acessibilidade arquitetônica) pois trata de atitude. Atitude de transforma, que viabiliza o acesso a oportunidade, a educação, ao respeito e a cidadania que dignifica a vida.

        E para conhecermos mais sobre isso, eu posto o artigo
BARREIRAS ATITUDINAIS: OBSTÁCULOS À PESSOA COM
DEFICIÊNCIA NA ESCOLA que trata das barreiras atitudinais presentes na escola contra alunos com deficiência e como os educadores podem e devem agir, revendo atitudes e combatendo o preconceito. Um excelente artigo para professores que já exercem a profissão, para os acadêmicos que vão exercer futuramente e para toda a sociedade em geral.

A autoria é dos educadores: Francisco J. Lima; Doutor em Psicologia (área de psicofísica sensorial), Prof. Adjunto da Universidade Federal de Pernambuco e coordenador do Centro de Estudos Inclusivos da UFPE. Fabiana Tavares dos Santos Silva  Professora de Língua
Portuguesa, especialista em Literatura Infanto-Juvenil, consultora pedagógica na área de
Leiturização (Alfabetização e Letramento).
 

Segue o artigo na integra.

Gilvan Pereira da Silva Lima.

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