terça-feira, 30 de agosto de 2011

Algumas cartas de Soror Mariana- Uma ótima opção para leitura.

Em Cartas Portuguesas, Soror Mariana Alcoforado assume “a incerteza dos [seus] planos [e a] contradição dos [seus] impulsos”.
A diversidade e ambiguidade dos seus sentimentos mantêm-se instáveis ao longo das Cartas, bem como a sua subjetividade, impossibilitando uma percepção monolítica do seu Eu. A sua identidade fragmentada é, pois, melhor entendida “não como um categoria demonstrável empiricamente, mas como um produto de processos de identificação” (Jagose, 1996:9). As autoras de Novas Cartas Portuguesas capturam o carácter caleidoscópico da Mariana, ao transformarem-na numa metáfora inflacionada, colocando-a num “palácio dos espelhos”. Cada imagem reflectida possibilita um breve vislumbre desses processos de identificação, o que faz com que Mariana se projete na obra como uma imagem num cinescópio, fluida e sempre em movimento.

Postada por: Kelly Christinne 2° Letras

Os Lusíadas- Vale a pena conferir!!!

Poema épico (1572) de Luís de Camões, de inspiração clássica (segundo a Eneida, de Virgílio) mas de manifesto saber contemporâneo, colhido na observação, é constituído por dez cantos compostos de décimas em decassílabos heróicos, e vive de uma contradição esteticamente harmonizada entre a acção das divindades pagãs (que ajudam ou prejudicam o progresso dos Portugueses na viagem marítima para a Índia, tema do livro) e a tutela do sentimento cristão e da expansão da fé, que anima um ardor de conquista e de possessão do mundo.
Vasco da Gama é o herói, Vénus a sua deusa protectora e Baco o adversário temido - mas a «lusa gente» chega à Índia, dá «novos mundos ao mundo». Escrito com mestria narrativa exemplar, o poema representa o exercício em perfeição da língua portuguesa, moderna, dúctil e rica em complexidade expressiva e em matizes líricos de excepção.

Por: Kelly Christinne - 2° Letras

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

sábado, 20 de agosto de 2011


Sou a miss imperfeita, muito prazer....
SOU A MISS IMPERFEITA, MUITO PRAZER.
UMA IMPERFEITA QUE FAZ TUDO O QUE PRECISA FAZER, COMO BOA PROFISSIONAL, MÃE E MULHER QUE TAMBÉM SOU: TRABALHO TODOS OS DIAS, GANHO MINHA GRANA, VOU AO SUPERMERCADO, DECIDO O CARDÁPIO, LEVO E TRAGO FILHOS DO COLÉGIO, ALMOÇO COM ELES, ESTUDO COM ELES, TELEFONO PARA MINHA MÃE TODAS AS NOITES, PROCURO AS AMIGAS, VIAJO, VOU AO CINEMA, PAGO MINHAS CONTAS, VOU AO DENTISTA, MAMOGRAFIA, CAMINHO MEIA HORA DIARIAMENTE, FAÇO REUNIÕES LIGADOS À MINHA PROFISSÃO E AINDA FAÇO ESCOVA TODA SEMANA - E AS UNHAS! E, ENTRE UMA COISA E OUTRA, LEIO LIVROS.

PORTANTO, SOU OCUPADA, MAS POR MAIS DISCIPLINADA QUE EU SEJA, APRENDI DUAS COISINHAS QUE OPERAM MILAGRES. PRIMEIRO: A DIZER NÃO. SEGUNDO: A NÃO SENTIR UM PINGO DE CULPA POR DIZER NÃO. CULPA POR NADA, ALIÁS.
CULPA ZERO.

QUANDO VOCÊ NASCEU, NENHUM PROFETA ENTROU NA MATERNIDADE E LHE APONTOU O DEDO DIZENDO QUE VOCÊ SERIA MODELO!
SEU PAI E SUA MÃE, ACREDITE, NÃO TIVERAM ESSA EXPECTATIVA: TUDO O QUE DESEJARAM É QUE VOCÊ NÃO CHORASSE MUITO E MAMASSE DIREITINHO.

VOCÊ É HUMILDEMENTE, UMA MULHER.

E, SE NÃO APRENDER A DELEGAR, A PRIORIZAR E A SE DIVERTIR, BYE-BYE VIDA INTERESSANTE. PORQUE VIDA INTERESSANTE NÃO É TER A AGENDA LOTADA, NÃO É TOPAR QUALQUER PROJETO POR DINHEIRO, NÃO É ATENDER A TODOS...
É TER TEMPO. TEMPO PARA FAZER NADA. TEMPO PARA FAZER TUDO. TEMPO PARA DANÇAR SOZINHA NA SALA.

TEMPO PARA SUMIR DOIS DIAS COM SEU AMOR.
TEMPO PARA UMA MASSAGEM. TEMPO PARA VER A NOVELA.
PARA PROCURAR UM ABAJUR NOVO PARA SEU QUARTO.
TEMPO PARA VOLTAR A ESTUDAR.
PARA ENGRAVIDAR.
TEMPO, PRINCIPALMENTE, PARA DESCOBRIR QUE VOCÊ PODE SER PROFISSIONAL SEM DEIXAR DE EXISTIR. EXISTIR, A QUE SERÁ QUE SE DESTINA? DESTINA-SE A TER O TEMPO A FAVOR, E NÃO CONTRA.

PORTANTO, NÃO QUERIA SAIR POR AI BATENDO RECORDS...
PENSE NISSO!
 texto de  Marta Medeiros
 
Pollyana  e Leiliane

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A Farsa de Inês Pereira

Pouco se sabe sobre a vida de Gil Vicente,Gil Vicente foi um dos principais animadores dos serões da corte, escrevendo, encenando e até representando mais de quarenta autos. O primeiro deles, o "Monólogo do Vaqueiro" (ou "Auto da Visitação"), data de 1502 e foi escrito e representado pelo próprio Gil Vicente na câmara da rainha, para comemorar o nascimento do príncipe dom João, futuro rei dom João 3o. O último, "Floresta de Enganos", foi escrito em 1536, ano que se presume seja o da sua morte.
Gil Vicente foi considerado um autor de transição entre a Idade Média e o Renascimento. A estrutura das suas peças e muitos dos temas tratados foram desenvolvidos a partir do teatro medieval, defendendo, por exemplo, valores religiosos. No entanto, alguns apontam já para uma concepção humanista, assumindo posições críticas.
Gil Vicente classificou suas peças dividindo-as em três grupos: obras de devoção, farsas e comédias. Seu filho, Luís Vicente acrescentou um quarto gênero, a tragicomédia.